Lisboa: o que fazer em Lisboa | o que fazer em Lisboa em uma conexão | Dicas de Portugal
Lisboa é, sem dúvida, um dos destinos europeus favoritos entre brasileiros. Combinando história, gastronomia, bairros encantadores e aquele clima acolhedor, a capital portuguesa conquista logo de cara. Premiada diversas vezes como um dos melhores destinos do mundo, Lisboa é aquele lugar que a gente sempre quer voltar. Neste post, vou te mostrar o que fazer em Lisboa em um roteiro adaptável de 3 a 5 dias.
Já estive em Lisboa algumas vezes, e embora eu não diga que sou apaixonado pela cidade, sempre volto com prazer. Gosto de como tudo parece mais tranquilo por lá. É uma cidade que te acolhe sem pressa, ideal para quem busca uma viagem mais leve, sem abrir mão de cultura, boa comida e paisagens deslumbrantes.
Neste guia, você encontrará dicas que vão do essencial ao extra, seja para uma visita rápida ou uma estadia mais longa. Lisboa merece ser descoberta com calma — e com estratégia.
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COMO CHEGAR EM LISBOA
Lisboa é bem conectada com o Brasil, especialmente com voos diretos das maiores cidades. A TAP Air Portugal lidera nesse quesito, com voos partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e outras capitais. A Latam e a Azul também operam rotas diretas para Lisboa, o que facilita bastante o planejamento.
Dependendo da época do ano, os preços variam muito. Para encontrar boas tarifas, recomendo acompanhar alertas e fazer simulações com antecedência. Veja mais detalhes em nosso post sobre como encontrar passagens baratas para a Europa.

VISTO E IMIGRAÇÃO
Brasileiros podem entrar em Portugal sem visto para estadias de até 90 dias em um período de 6 meses. A entrada costuma ser tranquila, especialmente se Lisboa for seu primeiro ponto na Europa.
Mas vale lembrar: se o seu voo faz conexão em outro país europeu antes de chegar a Portugal, o controle de imigração será feito nesse primeiro destino. Por exemplo, se você voar com a Lufthansa e fizer conexão em Frankfurt, é ali que acontecerá o controle.
Veja também:
Dicas para passar pela imigração na Europa com segurança
ONDE SE HOSPEDAR EM LISBOA
Já experimentei diferentes tipos de hospedagem em Lisboa e posso garantir que a cidade tem opções para todos os perfis e bolsos. Prefira ficar nas áreas centrais, como Baixa, Chiado, Alfama ou até o Cais do Sodré. Isso facilita os deslocamentos e te coloca no meio da ação.
Aqui vão algumas recomendações baseadas nas minhas experiências e nas melhores avaliações no Trip.com:
- The Editory Riverside Santa Apolónia Hotel – 5 estrelas instalado na antiga estação de trens. Elegante, confortável e com ótima conexão ao transporte público.
- Lx Boutique Hotel – Localizado no Cais do Sodré, é charmoso, bem decorado e com um ótimo custo-benefício.
- Ibis Liberdade ou Ibis Saldanha – Ótimas opções econômicas, com conforto e acesso fácil ao metrô.
- Moxy Oriente – Ideal para quem está em conexão ou pretende explorar a área moderna de Lisboa.
- Solar do Castelo – Uma experiência única dentro das muralhas do Castelo de São Jorge, em Alfama.

Para mais dicas de hospedagem: melhores bairros para se hospedar em Lisboa
CHIP DE INTERNET EM PORTUGAL
Antigamente, eu comprava chips físicos em cada país que visitava. Mas isso sempre tomava tempo e às vezes saía mais caro. Hoje em dia, minha dica é comprar o chip ainda no Brasil com uma empresa que entrega em casa e já chega funcionando no destino.
Tenho usado a America Chip, que oferece planos de internet ilimitada com ótima cobertura em Portugal e em toda a Europa. Eles enviam o chip físico para o seu endereço antes da viagem e ainda prestam suporte em português, o que facilita bastante.
Veja como funciona o chip da America Chip e escolha o melhor plano para sua viagem
Além da comodidade, é uma ótima forma de já sair do avião conectado, seja para chamar um transporte, acessar o Google Maps ou avisar a família que chegou bem.

LISBOA CARD: VALE A PENA?
O Lisboa Card é um passe turístico que permite o uso ilimitado do transporte público (metrô, ônibus, bondes e trens urbanos) e ainda inclui entrada gratuita em muitas atrações, como o Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Elevador de Santa Justa.
Disponível nas versões de 24h, 48h ou 72h, é uma mão na roda para quem vai visitar muito em pouco tempo. Comprei o meu pela internet e recomendo retirar o cartão físico logo no aeroporto de Lisboa, no setor de desembarque – quase nunca há filas e você já pode começar a usá-lo para ir até o centro.

Veja aqui como comprar e usar o Lisboa Card
O QUE FAZER EM LISBOA
Centro da cidade (Baixa de Lisboa)
Uma das melhores maneiras de começar a explorar Lisboa é pela região da Baixa — o coração da cidade. Esse é o bairro central e plano que conecta algumas das principais praças da capital portuguesa, como a Estação do Rossio, a Praça da Figueira e a icônica Praça do Comércio, com seu belo enquadramento do Rio Tejo ao fundo. Esse trecho é perfeito para uma caminhada no fim da tarde.
É nessa região que Lisboa se revela mais viva e organizada, com ruas simétricas e uma arquitetura charmosa que remonta à reconstrução da cidade após o terremoto de 1755. Aproveite para caminhar pela elegante Rua Augusta, onde artistas de rua, lojas, cafés e restaurantes compõem um dos cenários mais movimentados e agradáveis de Lisboa. É o lugar ideal para provar um bom bacalhau acompanhado de um vinho português em uma das travessas escondidas.
Já estive algumas vezes em Lisboa e confesso que sempre que volto, faço questão de refazer esse trajeto. Portugal, para mim, tem esse ar sereno e acolhedor — não sou apaixonado, mas gosto da tranquilidade que a cidade transmite.

Praça do Comércio (Terreiro do Paço)
Considerada uma das praças mais emblemáticas da Europa, a Praça do Comércio impressiona pela grandiosidade e pela localização privilegiada à beira do Tejo. Cercada por edifícios históricos de fachada amarela, ela já foi a entrada oficial da cidade para quem chegava de barco — inclusive mercadorias vindas das antigas colônias.
No centro da praça está a estátua de Dom José I, inaugurada em 1775, apontando para o rio. Ao fundo, o Arco da Rua Augusta marca a entrada para o centro comercial da cidade e se tornou um dos grandes símbolos da capital.
A praça também era chamada de Terreiro do Paço, já que ali ficava o antigo Palácio Real (o Paço da Ribeira), destruído no grande terremoto. Muitos portugueses ainda se referem a ela com esse nome.
Veja aqui o que visitar na Praça do Comércio em Lisboa.

Arco da Rua Augusta
O mirante do Arco da Rua Augusta é um dos pontos com a melhor vista panorâmica da cidade. De lá, é possível contemplar a imensidão do Tejo, a simetria da Praça do Comércio e o charme da Baixa. A subida é feita por elevador e o valor da entrada é de 5€, sendo gratuita com o Lisboa Card.
O arco foi construído para celebrar a reconstrução da cidade após o terremoto de 1755. Na fachada, a inscrição em latim presta homenagem às virtudes do povo português e à expansão do antigo Império.
Leia mais sobre o mirante do Arco da Rua Augusta.

Castelo de São Jorge
Dominando uma das colinas de Lisboa, o Castelo de São Jorge é uma das atrações mais visitadas da cidade — e não é para menos. O castelo teve importância estratégica desde os tempos dos romanos, e foi residência real até o século XVIII. Dizem que foi ali que Vasco da Gama foi recebido ao voltar da viagem às Índias.
Com o terremoto de 1755, o castelo foi aos poucos abandonado e só voltou a ser restaurado nos anos 1990. Hoje, é possível caminhar por seus pátios, muralhas e torres, além de desfrutar de uma vista espetacular da cidade. A entrada custa 15€.
Leia mais sobre o Castelo de São Jorge aqui.

Bairro Alto
No lado oposto do castelo está o Bairro Alto, uma das áreas mais tradicionais e boêmias de Lisboa. Para chegar até lá sem subir ladeiras, você pode usar o bondinho Elevador da Glória, que conecta a parte baixa ao alto.
Durante o dia, a região é tranquila, com livrarias, cafés e locais como a Praça Luís de Camões ou o Museu do Chiado. Ao anoitecer, o bairro ganha vida com seus bares e casas de fado. Uma boa dica é visitar o Mirante São Pedro de Alcântara, um dos mais bonitos da cidade e com entrada gratuita. Dali, você tem uma vista privilegiada da cidade, perfeita para o pôr do sol.

Elevador da Santa Justa
Ligando a Baixa ao Largo do Carmo, o Elevador da Santa Justa é uma verdadeira relíquia do início do século XX. De estilo neogótico, o elevador chama atenção tanto pela estrutura quanto pelo mirante localizado em seu topo — um dos meus preferidos de Lisboa para ver o pôr do sol.
O projeto é do engenheiro Raoul Mesnier de Ponsard, e embora muita gente relacione sua obra à de Gustave Eiffel, não há comprovação histórica de ligação direta entre eles. A subida custa 5€, mas quem tiver o Lisboa Card pode acessar gratuitamente.

Leia mais sobre o Elevador da Santa Justa no post completo.
Cais do Sodré, Mercado da Ribeira e Rua Rosa
A região do Cais do Sodré passou por uma transformação radical nos últimos anos. De uma zona decadente, conhecida por bares mal afamados e antigos prostíbulos, tornou-se um polo de cultura, gastronomia e vida noturna.
A Rua Nova do Carvalho, que era a antiga rua da luz vermelha, hoje é conhecida como Rua Rosa. O chão pintado em tom vibrante e os bares descolados fizeram dela um dos pontos mais badalados da noite lisboeta.
Durante o dia, vale a pena explorar o Mercado da Ribeira, remodelado pela equipe da Time Out Lisboa. O espaço virou uma enorme praça de alimentação com dezenas de opções de pratos típicos, sobremesas e vinhos.
Leia mais sobre o que fazer na região do Cais do Sodré.

Andar de bonde (Eléctricos)
Nenhuma visita a Lisboa está completa sem um passeio nos tradicionais bondes elétricos. Eles fazem parte da paisagem da cidade desde 1872 — inicialmente puxados por cavalos, e depois, movidos a eletricidade.
Hoje, são apenas cinco linhas regulares e duas turísticas. A mais famosa delas é a Eléctrico 28, que cruza bairros como Alfama, Graça e Baixa. Os bondes são usados tanto por turistas quanto pelos moradores e mantêm a essência charmosa do transporte público lisboeta.
A passagem custa 3€, ou é gratuita com o Lisboa Card.
Veja todas as linhas e trajetos dos Eléctricos aqui.

Mosteiro dos Jerónimos
Com uma fachada que se estende por mais de 300 metros, o Mosteiro dos Jerónimos impressiona já à primeira vista — mas é ao entrar que a grandiosidade dessa obra ganha ainda mais força.
O interior é inteiramente esculpido à mão, com detalhes minuciosos que fazem desse monumento um dos melhores exemplos do estilo manuelino, típico da arquitetura portuguesa do período das grandes navegações. Nenhuma coluna é igual à outra, cada adorno revela um traço único, como se o edifício contasse uma história em cada curva.
O grande destaque é o claustro central: silencioso, harmonioso e incrivelmente detalhado. Caminhar por ele é quase uma experiência meditativa — e só essa parte já torna a visita mais do que especial.

Padrão dos Descobrimentos
O monumento atual foi concluído em 1960, mas sua primeira versão surgiu em 1940, durante a Exposição do Mundo Português. A proposta era homenagear os grandes navegadores que marcaram a história das explorações marítimas de Portugal.
A estrutura é adornada com estátuas imponentes dos principais personagens da Era dos Descobrimentos, todos voltados para o Tejo, como se estivessem prontos para zarpar. Aos pés do monumento, destaca-se uma imensa rosa dos ventos com 50 metros de diâmetro — um presente da África do Sul — que mostra rotas, caravelas e os territórios explorados pelos portugueses.
É possível subir até o topo por elevador, embora o último lance de escada precise ser feito a pé. Para quem tem mobilidade reduzida, isso pode ser um desafio. Mas, lá de cima, a vista compensa: um panorama espetacular de Belém, incluindo o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o MAAT e, claro, a rosa dos ventos em toda sua beleza.
O ingresso custa 5 euros, com desconto para quem tem o Lisboa Card.

Torre de Belém
Símbolo de Lisboa e Patrimônio da Humanidade, a Torre de Belém foi construída entre 1514 e 1519 às margens do Rio Tejo, com o objetivo de proteger a cidade dos invasores. Erguida durante o reinado de Dom Manuel I, ela representa o auge da expansão marítima portuguesa e é um dos exemplos mais marcantes da arquitetura manuelina.
Com detalhes riquíssimos na fachada — como esculturas, cordas esculpidas em pedra e varandas rendilhadas —, a torre impressiona tanto por fora quanto por dentro. Ela foi pensada não apenas como estrutura militar, mas também como um símbolo do poder naval de Portugal na época das grandes navegações.
Assim como o Mosteiro dos Jerónimos, que fica nas proximidades, a Torre de Belém reflete a grandiosidade de um período em que o país liderava explorações pelo mundo. Subir até os andares superiores revela uma vista privilegiada do Tejo e da região de Belém.
Os ingressos custam 6 euros e podem ser adquiridos online ou na bilheteria. Quem tiver o Lisboa Card tem entrada gratuita, sem necessidade de agendamento.

Pastéis de Belém
Ir a Belém e não provar o tradicional Pastel de Belém é praticamente um pecado gastronômico. A receita original — guardada a sete chaves desde 1837 — é exclusiva da Antiga Confeitaria de Belém, localizada bem ao lado do Mosteiro dos Jerónimos.
Diferente dos pastéis de nata que encontramos em outros lugares de Portugal, o Pastel de Belém só pode levar esse nome se for feito ali, no mesmo local onde a receita foi criada por monges há quase dois séculos. Dizem que apenas três pessoas no mundo conhecem todos os passos da receita original, e todas trabalham na pastelaria. Inclusive, assinam um contrato de confidencialidade para manter o segredo.
O salão da confeitaria é enorme e decorado com belos azulejos azuis, mas prepare-se para filas — elas são comuns, especialmente nos fins de semana. Mesmo assim, vale cada minuto de espera. Comer o pastel quentinho, polvilhado com açúcar e canela, é uma daquelas experiências que ficam na memória (e que, provavelmente, você vai querer repetir).
Parque das Nações
Localizado na zona leste de Lisboa, pertinho do aeroporto, o Parque das Nações é um ótimo exemplo de como uma área praticamente abandonada pode se transformar em um dos bairros mais modernos e agradáveis da cidade. Tudo começou com a Expo 98, uma Exposição Mundial que teve como tema “Os oceanos: um património para o futuro”. A partir daí, toda a região ganhou uma nova vida.
Hoje, o Parque das Nações reúne atrações para todos os gostos: o Oceanário de Lisboa, considerado um dos maiores do mundo; o moderno Pavilhão do Conhecimento, voltado para ciência e tecnologia; um teleférico com vista para o Tejo; a elegante Torre Vasco da Gama; além de uma grande área verde cheia de bares, restaurantes e espaços para caminhar à beira do rio.
É um programa perfeito para quem quer fugir um pouco da parte histórica de Lisboa e ver o lado mais contemporâneo da cidade. Seja de dia ou no pôr do sol, vale muito a pena incluir essa região no seu roteiro.

Oceanário de Lisboa
O Oceanário de Lisboa é uma daquelas atrações que surpreendem qualquer visitante — seja você fã de natureza ou não. Considerado um dos maiores oceanários do mundo, ele impressiona logo de cara pelo tamanho e pelo cuidado com cada detalhe. São mais de 8 milhões de litros de água e cerca de 500 espécies marinhas espalhadas por aquários que recriam ecossistemas dos quatro cantos do planeta.
O grande destaque é o tanque central, gigantesco, onde nadam tubarões, raias, peixes-lua e tantas outras criaturas que você pode observar de diferentes ângulos enquanto caminha pelos corredores do edifício. Além disso, cada área representa um oceano: Atlântico, Pacífico, Índico e Antártico — com ambientes cuidadosamente climatizados e adaptados.
É também um centro de pesquisa e conservação marinha, e oferece uma experiência imersiva tanto para adultos quanto para crianças. Se estiver viajando com família, pode ter certeza que será um dos pontos altos da viagem.

Pavilhão do Conhecimento
Logo ao lado do Oceanário está o Pavilhão do Conhecimento — um verdadeiro parque de diversões para quem gosta de ciência, tecnologia e experiências interativas. Esse centro é pensado especialmente para despertar a curiosidade, com exposições que colocam o visitante no centro da ação.
É o tipo de lugar onde você aprende brincando. Dá para testar ilusões de ótica, participar de experimentos, ver como funcionam fenômenos físicos e até construir coisas com as próprias mãos. As crianças se divertem (e aprendem muito), mas os adultos também se pegam tentando entender como tudo aquilo funciona.
As exposições mudam ao longo do ano, mas sempre há atividades fixas voltadas para temas como o corpo humano, a energia e o espaço. Se o tempo estiver meio nublado ou você quiser dar uma pausa na correria dos pontos turísticos tradicionais, o Pavilhão é uma excelente pedida.
Torre Vasco da Gama
Com design que lembra as velas de uma caravela, a Torre Vasco da Gama é o edifício mais alto de Lisboa e um dos ícones modernos da cidade. Construída às margens do Tejo para a Expo 98, ela homenageia o navegador que dá nome à ponte ali perto e representa o espírito explorador de Portugal.
A estrutura impressiona já de longe, com seus 145 metros de altura. Lá no alto, funcionava um restaurante panorâmico com vista de 360 graus para o Parque das Nações — hoje, a torre abriga um hotel de luxo e o mirante só pode ser acessado por hóspedes.
Mesmo assim, a visita à base da torre vale pelas fotos, pela arquitetura arrojada e pela vista do rio. Se estiver por ali, aproveite para caminhar pelo calçadão à beira do Tejo, que é uma delícia ao entardecer.


Teleférico de Lisboa
Logo ao lado da Torre Vasco da Gama, você encontra o Teleférico de Lisboa — ou Telecabine Lisboa, como é oficialmente chamado. Ele percorre boa parte do Parque das Nações, suspenso à beira do Rio Tejo, e oferece uma vista linda de toda a região.
O trajeto é curto, dura menos de 10 minutos, mas compensa pela paisagem panorâmica: de um lado o rio calmo refletindo o céu, do outro, os jardins, pavilhões e construções modernas que marcam essa parte revitalizada da cidade.
É um passeio leve, ótimo para dar uma pausa na caminhada pelo parque e ver Lisboa de um outro ângulo. Quem viaja com crianças costuma adorar — mas os adultos também se encantam.

Ponte Vasco da Gama
Quase no final do Parque das Nações, surge uma das obras mais impressionantes de engenharia de Portugal: a Ponte Vasco da Gama. Com mais de 12 quilômetros de extensão, ela liga Lisboa à cidade de Montijo, atravessando o amplo estuário do Rio Tejo.
É tão longa que, em dias de névoa ou céu fechado, parece desaparecer no horizonte. Inaugurada em 1998, às vésperas da Expo, foi construída justamente para aliviar o trânsito da Ponte 25 de Abril e preparar a cidade para o futuro.
Embora não seja um ponto turístico em si, ela chama atenção pela grandiosidade e pelo design elegante. Quem gosta de arquitetura ou de boas fotos vai se impressionar — principalmente ao vê-la de longe, recortando o céu.

Show de Fado
Assistir a um show de fado é se conectar com a alma portuguesa. Mais do que uma simples apresentação musical, é uma experiência carregada de emoção, história e melancolia — o famoso “saudade” que tanto se ouve por aqui.
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO desde 2011, o fado nasceu nas ruas de Lisboa, ecoando nas vielas de Alfama e da Mouraria. Com o tempo, ganhou espaço nas casas de fado e nos palcos mais sofisticados do país e do mundo.
Mas é nas casas tradicionais que o fado mostra sua essência. Luz baixa, taças de vinho e silêncio absoluto enquanto os primeiros acordes da guitarra portuguesa preenchem o ambiente. É ali que você sente a força da música, mesmo sem entender cada palavra.
Se puder, inclua uma noite de fado no seu roteiro. É uma daquelas experiências que marcam a viagem — e a memória.

Alfama
Alfama é aquele pedaço de Lisboa onde o tempo parece andar mais devagar. Um bairro que respira história em cada esquina, com suas ruas estreitas, vielas tortuosas e escadarias que convidam a se perder — e se encontrar.
O nome vem do árabe Al-hamma, que significa algo como “fontes termais”, herança da época em que os mouros dominavam a Península Ibérica. E até hoje, caminhar por Alfama é sentir essa mistura de culturas, sons e aromas que definem Lisboa.
É lá que o fado ganha voz nos pequenos restaurantes e casas escondidas. É ali que moradores penduram roupas nas janelas, cumprimentam vizinhos com familiaridade e onde a vida segue sem pressa. Alfama é autêntica, vibrante e cheia de alma.
Foi nesse cantinho encantador que Madonna decidiu morar quando viveu em Lisboa — e quem visita entende o porquê. De dia, as cores das fachadas e os azulejos antigos brilham sob o sol. À noite, o bairro ganha um charme todo especial, com luz baixa e música ao fundo.
Reserve pelo menos uma tarde para explorar Alfama sem pressa. E se puder, volte à noite. Você vai ver: são dois bairros em um só.

Mirante da Graça (Miradouro da Graça)
Se você quer uma vista inesquecível de Lisboa, com direito a pôr do sol e clima romântico, vá direto para o Mirante da Graça. Localizado no bairro homônimo, colado a Alfama, ele é um dos meus lugares preferidos na cidade — e de muitos lisboetas também.
Diferente de outros mirantes que são mais movimentados, o da Graça tem uma atmosfera tranquila, quase poética. E não é à toa: era o refúgio da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, cuja presença é lembrada com um poema esculpido por ali.
O mirante fica ao lado da bela Igreja da Graça, com uma esplanada sombreada por pinheiros e um quiosque perfeito para tomar algo gelado enquanto se observa a cidade se estender até o Tejo. Dá pra ver o casario de Alfama, o Castelo de São Jorge e, ao fundo, o rio brilhando sob o céu de Lisboa.
Se puder, vá no fim da tarde e fique até o sol se pôr. A luz dourada que toma conta dos telhados é daquelas cenas que ficam guardadas na memória.

Largo das Portas do Sol
Logo ali ao lado da Graça, o Largo das Portas do Sol é outro mirante imperdível — e um dos mais fotogênicos de Lisboa. Dali, a vista é de encher os olhos: os telhados avermelhados de Alfama se espalham até tocarem o azul do Tejo ao fundo. É uma daquelas imagens clássicas que vêm à cabeça quando pensamos em Lisboa.
A atmosfera aqui é sempre animada, com artistas de rua tocando fado, turistas encantados com a paisagem e locais fazendo uma pausa para o café. O mirante é aberto, como um grande terraço, e costuma ficar bem movimentado ao longo do dia — mas nada que tire o charme.
Ao redor, há vários quiosques, bares e esplanadas perfeitos para sentar e aproveitar a vista sem pressa. E o melhor: tudo isso é de graça. Basta chegar e curtir.
O Largo das Portas do Sol também é um ótimo ponto de passagem se você estiver explorando Alfama, já que os bondes 12 e 28 passam por lá — e só o passeio nesses bondinhos já vale por si só.

Parque Eduardo VII
O Parque Eduardo VII é daqueles lugares que te ganham pela vista e pela tranquilidade. Localizado no alto da Avenida da Liberdade, ele oferece um dos panoramas mais bonitos de Lisboa — de um lado, a Baixa; do outro, o Castelo de São Jorge e, ao fundo, o Rio Tejo.
Esse foi, inclusive, o primeiro lugar que conheci em Lisboa, muitos anos atrás, e até hoje continuo achando especial. A área verde é extensa, com jardins bem cuidados, bancos para descansar e uma leve brisa que convida a ficar mais tempo por ali.
Nos meses mais quentes, o parque fica cheio de vida: famílias fazendo piquenique, amigos se reunindo, casais curtindo o fim de tarde. É também um ótimo ponto para ver o pôr do sol e sentir aquele clima gostoso de cidade viva, mas sem pressa.
E o melhor de tudo: a entrada é livre. Basta chegar e aproveitar esse refúgio verde no coração da capital portuguesa.

Bate e volta até Sintra
Se tem um passeio imperdível para quem visita Lisboa, é reservar um dia para conhecer a encantadora vila de Sintra. Localizada a apenas 25 km da capital, ela parece saída de um conto de fadas, com seus castelos coloridos, palácios históricos e um centro antigo charmosíssimo.
A melhor forma de chegar é de trem — a viagem parte da Estação do Rossio e leva cerca de 40 minutos. É prático, rápido e já faz parte da experiência.

Ao chegar, prepare-se para caminhar bastante e se surpreender. Entre as atrações mais famosas estão o Palácio da Pena, com sua fachada colorida no alto da serra; o Castelo dos Mouros, com muralhas impressionantes e uma vista de tirar o fôlego; e a Quinta da Regaleira, um lugar místico com jardins, túneis secretos e construções enigmáticas.

Mas Sintra vai além disso. A cidade tem cafés aconchegantes, lojinhas de artesanato, trilhas para quem gosta de natureza e uma atmosfera única que mistura história, magia e romantismo. Vale muito a pena!
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